Loja Gêmeas.
Rua Augusta, 2690 - subsolo. lj. 16
Tel.: (55) 11 3062 4653
cep.: 01412-100. Jardins
Galeria Ouro Fino - São Paulo/Brasil.
estamos abertos de segunda à sábado das 11hs às 20hs.
CASA DAS ROSAS - DESFILE INVERNO 2008.
Carolina e Isadora, as irmãs da marca Gêmeas, são estilistas de personalidade marcada e identidade já criada. Costumam dar um baile nas tendências, baseando suas coleções naquilo que elas próprias têm vontade de vestir ou de ver na passarela. Foi assim neste inverno, com desfile off-calendário em meio ao incrível roseiral da Casa das Rosas, numa tarde agradável de domingo.
Enqüanto todos ainda parecem aficcionados pelo imaginário caubói que permeia a temporada, a dupla olha para o outro lado e transporta o folclore russo para o seu universo da Rua Augusta – elas têm loja na Galeria Ouro Fino. As matryoshkas moderninhas da marca, é claro, não largam mão das skinny (e nem têm porquê, mesmo que a pantalona esteja virando a calça da vez), mas elas agora vêm bordadas com as rosas do cenário. As flores também aparecem nos lenços na cabeça importados da tradição russa, no vestidinho-mônica ou na blusa branca em gaze de seda usada com saia de cintura alta. Tudo no rock'n'Rússia da marca é preto e branco, com pitadas eventuais de laranja. As aplicações com fitas gregas ajudam a estruturar a silhueta e deixar tudo com carinha de "soviete vintage". Os tecidos escolhidos também dão essa cara, principalmente o sheep (que tem um efeito de maxi-buclê), do qual são feitos os ótimos ponchos – também para eles – e capinhas. Destaque para os acessórios espertíssimos e para os looks de bordado richelieu - todos feitos a partir de uma toalha antiga, mas que elas pretendem reproduzir, mesmo que em peças limitadas, nas araras da loja.
Inverno 2008.
mais fotos!
CASA DE CRIADORES: A POESIA DAS GÊMEAS
por dus*****infernus Era para ser no heliponto, a chuva e o frio impediram que a locação do desfile fosse sobre os tetos da cidade. Era para ser às 20h30, a mudança para a passarela fez com que os fashionistas esperassem além da conta. Tudo isso poderia ter ajudado a detonar o humor do público mas quando vimos a poesia injetada nas roupas já nos primeiros looks esquecemos toda e qualquer adversidade, como aqueles percursos selvagens e inóspitos que nos levam à cachoeira, como ler com certa dificuldade aqueles poetas como Rilke ou T. S. Elliot que quando compreendemos tudo na vida ganha um outro sentido. Mas a coleção das Gêmeas para o verão 2009 não apresentou nada de inóspito, foi pura poesia como Fernando Pessoa ou Carlos Drummond, ou melhor, como Hilda Hilst e Cora Coralina. Exemplos de mulheres com imensa personalidade, fortes, escrevendo em uma época que o sexo feminino ainda estava alojado dentro dos afazeres domésticos. Assim como a Gêmeas que de certa forma sempre renegaram a moda para “mulherzinha”, leia-se o romantismo radical fashion que é um dos símbolos da moda nos anos 2000 e que agora parece finalmente entrar lentamente em declínio.
O contraste entre o babador (símbolo doméstico feminino) e a calça( símbolo do trabalho fora de casa e masculino)
A imagem da criação da marca nunca foi para mulherzinhas, ela questiona gêneros sem perder a feminilidade jamais. Feminilidade não significa ingenuidade nem romantismo como alguns arquétipos podem indicar. Ao liberar-se a mulher ganha outro status. Ela se transforma em alguém independente, capaz de ler seus próprios livros e se impor intelectualmente, não precisando do sexo como arma na guerra dos sexos.
Apesar do chamado masculino-feminino, um dos DNA das gêmeas estar presentes mais claramente nos looks masculinos, ele também se impõe no feminino mas de outra forma. O masculino-feminino sai de maneira mais óbvia das roupas e parte para atitude intelectual do desfile, ganhanho caráter transcendental, assim como deve ser sempre uma boa poesia.
fotos.
CASA DE CRIADORES: A POESIA DAS GÊMEAS
por dus*****infernus Era para ser no heliponto, a chuva e o frio impediram que a locação do desfile fosse sobre os tetos da cidade. Era para ser às 20h30, a mudança para a passarela fez com que os fashionistas esperassem além da conta. Tudo isso poderia ter ajudado a detonar o humor do público mas quando vimos a poesia injetada nas roupas já nos primeiros looks esquecemos toda e qualquer adversidade, como aqueles percursos selvagens e inóspitos que nos levam à cachoeira, como ler com certa dificuldade aqueles poetas como Rilke ou T. S. Elliot que quando compreendemos tudo na vida ganha um outro sentido. Mas a coleção das Gêmeas para o verão 2009 não apresentou nada de inóspito, foi pura poesia como Fernando Pessoa ou Carlos Drummond, ou melhor, como Hilda Hilst e Cora Coralina. Exemplos de mulheres com imensa personalidade, fortes, escrevendo em uma época que o sexo feminino ainda estava alojado dentro dos afazeres domésticos. Assim como a Gêmeas que de certa forma sempre renegaram a moda para “mulherzinha”, leia-se o romantismo radical fashion que é um dos símbolos da moda nos anos 2000 e que agora parece finalmente entrar lentamente em declínio.
O contraste entre o babador (símbolo doméstico feminino) e a calça( símbolo do trabalho fora de casa e masculino)
A imagem da criação da marca nunca foi para mulherzinhas, ela questiona gêneros sem perder a feminilidade jamais. Feminilidade não significa ingenuidade nem romantismo como alguns arquétipos podem indicar. Ao liberar-se a mulher ganha outro status. Ela se transforma em alguém independente, capaz de ler seus próprios livros e se impor intelectualmente, não precisando do sexo como arma na guerra dos sexos.
Apesar do chamado masculino-feminino, um dos DNA das gêmeas estar presentes mais claramente nos looks masculinos, ele também se impõe no feminino mas de outra forma. O masculino-feminino sai de maneira mais óbvia das roupas e parte para atitude intelectual do desfile, ganhanho caráter transcendental, assim como deve ser sempre uma boa poesia.
fotos.
Um comentário:
honra, fiquei muito feliz por estar aqui e por vcs terem blog, já add
bjs
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